Definição
O acidente vascular cerebral (AVC) é uma doença caracterizada por um déficit neurológico (diminuição da função) decorrente de uma interrupção da circulação cerebral ou de hemorragia. Cerca de 85% dos AVCs são de origem isquêmica e 15% decorrentes de hemorragia cerebral. O AVC está entre as condições médicas mais frequentes, apresentando, nos EUA, uma incidência de 500.000 casos/ano, sendo uma patologia neurológica ameaçadora, responsável por 20% das mortes cardiovasculares, e ocupando o terceiro lugar entre as mortes em países desenvolvidos, depois de doenças cardíacas e câncer.
Causas
Entre os fatores de risco, o principal deles é a idade, havendo clara relação do envelhecimento com o risco de AVC, que começa a se elevar por volta dos 60 anos e dobra a cada década. Outros fatores são hereditariedade, sexo e raça, sendo que o sexo masculino e a raça negra apresentam maior incidência de AVC isquêmico.
Entre os fatores de risco modificáveis, a hipertensão arterial é o principal deles, acarretando um aumento superior a três vezes na incidência de AVC.
Outras doenças que aumentam o risco de o paciente desenvolver AVC incluem diabetes, obesidade e dislipidemia, além de tabagismo e sedentarismo.
A ruptura de um aneurisma cerebral pode ser a causa de um AVC hemorrágico. Na maioria das vezes, o paciente não sabe que tem esta malformação vascular.
Sintomas
Pacientes com AVC isquêmico geralmente referem diminuição ou perda da força muscular e/ou da visão, dificuldade na fala, formigamento em um dos lados do corpo, alterações de memória e tontura. Este quadro é mais frequente em indivíduos mais velhos. Já no AVC hemorrágico, que é mais comum em pessoas mais jovens, além desses mesmos sintomas, também são habituais as queixas de dor de cabeça, náuseas, vômitos e até convulsões, podendo evoluir rapidamente para coma e óbito.
Diagnóstico
O diagnóstico do AVC fundamenta-se em quadro clínico e exame neurológico, complementados por exame de imagem. O estudo mais comumente utilizado na fase aguda é a tomografia computadorizada de crânio, que permite definir o tipo do AVC e a parte do cérebro acometida. A ressonância nuclear magnética também é muito útil para o diagnóstico do AVC.
Tratamento
Procurar um médico aos primeiros sinais da doença é fundamental para a indicação do melhor tratamento para cada caso. Somente o especialista poderá orientar o paciente em relação aos procedimentos adequados e ao uso de remédios.
Na fase aguda, o tratamento deve ser feito ainda na sala de emergência do hospital e visa a manutenção dos sinais vitais e estabilização do paciente. O tratamento específico com trombolíticos (em casos de AVC isquêmico) e/ou a cirurgia devem ser iniciados o quanto antes para diminuírem o risco de sequela.
Prevenção
Controlar a pressão arterial, o colesterol, o nível de açúcar no sangue, manter o peso ideal, não fumar e praticar atividade física regular são as principais medidas para se prevenir um AVC isquêmico. O AVC hemorrágico em decorrência de ruptura de aneurisma cerebral não tem como ser prevenido.
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