sexta-feira, 22 de junho de 2012

Turbeculose







Definição

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria que afeta, na maioria das vezes, os pulmões, mas também pode atacar outros órgãos, como ossos, fígado, meninges e rins.

Causas

A tuberculose é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch (BK). Como a transmissão é direta, a aglomeração de pessoas é o principal fator de risco para a contaminação. Ao falar, espirrar ou tossir, o doente expele pequenas gotículas de saliva, que podem ser aspiradas por outro indivíduo, contaminando-o.
Pacientes imunodeprimidos (AIDS, pós-transplante e gestantes) são mais suscetíveis. Outros fatores que levam à diminuição da resistência orgânica, como desnutrição, falta de higiene, tabagismo e alcoolismo, favorecem o aparecimento da doença.

Sintomas

Na maioria dos pacientes contaminados, os sinais mais frequentes são tosse seca, seguida da presença de secreção e posteriormente de sangue, cansaço excessivo, febre baixa (normalmente à tarde), sudorese predominantemente noturna, palidez, falta de apetite, rouquidão, emagrecimento, indisposição, fraqueza e prostração.
Nos casos graves, o paciente apresenta dificuldade de respiração, secreção com grande quantidade de sangue e acúmulo de pus na pleura, com ocorrência de dor torácica.

Diagnóstico

Todo indivíduo com tosse ininterrupta por mais de três semanas deverá procurar o médico e fazer o exame do escarro (baciloscopia). Esse exame é muito importante porque permite descobrir aqueles doentes que eliminam os bacilos e que são, portanto, fonte de transmissão.

Tratamento

Procurar um médico com regularidade e, principalmente, aos primeiros sinais da doença é fundamental para que ele possa indicar o melhor tratamento para cada caso. Somente o médico deverá orientar o paciente em relação aos procedimentos adequados e ao uso de remédios.
O tratamento com antibióticos é eficaz, desde que seja utilizado pelo tempo determinado. O tratamento completo dura de seis a nove meses, dependendo do caso. Entretanto, devido à falta de adequado esclarecimento e ao desaparecimento dos sintomas, muitos pacientes abandonam o tratamento precocemente, favorecendo o aparecimento de bacilos mais resistentes. Para evitar que isso aconteça, é fundamental que o paciente seja acompanhado durante todo o período do tratamento pelo médico.

Prevenção

A principal prevenção de tuberculose é a imunização das crianças com a vacina BCG. É fundamental evitar o contato direto com pacientes que tenham o exame de escarro positivo. Pacientes imunodeprimidos devem ter prevenção ainda maior.

Editora médica: Dra. Anna Gabriela Fuks (615039RJ)

Câncer de Pulmão



Definição

Este câncer tem sua origem nas células dos pulmões, órgãos esponjosos localizados na região peitoral do corpo e responsáveis pela absorção do ar inalado e pela liberação do dióxido de carbono exalado pelo indivíduo.
O tumor de pulmão, assim como outras doenças cancerígenas, desenvolve-se por meio da multiplicação desordenada de células anormais, denominadas malignas. Elas formam a lesão e destroem os tecidos adjacentes, podendo atingir a circulação e acometer outras partes do organismo. Esse fenômeno é conhecido como metástase.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pulmão, cuja incidência mundial aumenta em 2% a cada ano, é o mais comum de todos os tumores malignos.
A doença é classificada em pequenas células e não pequenas células. Esta última, composta por tipos variados de células, é responsável por 75% dos casos, segundo dados do INCA.

Causas

A principal causa do câncer de pulmão é o tabagismo, sendo responsável por 90% dos casos, de acordo com levantamento feito pelo INCA. Para o pulmão se proteger das agressões da fumaça e das substâncias nocivas do cigarro, ocorre uma transformação da mucosa causada por alterações celulares importantes. Esse processo pode gerar células anormais (malignas) e, com isso, formar lesões locais e metastáticas.
Outras causas menos comuns de câncer de pulmão (menos de 10% dos casos) são a poluição atmosférica e a exposição a radiações ionizantes, asbesto e outras fibras minerais, sílica, cromo, níquel, arsênico e hidrocarbonetos policíclicos, além de fatores genéticos. Entretanto, vale ressaltar que o câncer de pulmão é uma doença incomum em quem não fuma.

Sintomas

Em seu estágio inicial, o câncer de pulmão geralmente é assintomático. Quando os primeiros sinais clínicos começam a se manifestar, é comum haver tosse, expectoração com sangue, falta de ar, dor torácica, sibilos (chiado no peito), rouquidão e infecções frequentes (pneumonia). Também podem ocorrer sinais de cansaço (fadiga), perda de apetite e inchaço na face e no pescoço.

Diagnóstico

Como os sintomas são muito semelhantes aos já apresentados pelos fumantes de longa data, o diagnóstico acontece tardiamente na maioria dos casos. A forma mais eficaz de confirmar a doença é por meio de raios X de tórax, complementados por tomografia computadorizada.
A endoscopia respiratória (broncoscopia), por sua vez, avalia a árvore traqueobrônquica e, em alguns casos, permite a biópsia. Durante o procedimento, uma sonda com fibra ótica é introduzida pela cavidade nasal com a finalidade de visualizar o local e coletar amostras suspeitas. Outro método comum para a realização da biópsia é a aspiração por agulha na parede do tórax, em que é retirado o líquido pleural localizado na membrana que reveste os pulmões.
Com a confirmação da doença, torna-se necessário avaliar o estágio de evolução, ou seja, se está restrita ao pulmão ou se atingiu também outros órgãos. Nessa análise, denominada estadiamento, são realizados diversos exames de sangue (dosagem de enzimas) e imagem (ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética).

Tratamento

Procurar um médico aos primeiros sinais da doença é fundamental para a indicação do melhor tratamento para cada caso. Somente o especialista poderá orientar o paciente em relação aos procedimentos adequados e ao uso de remédios.
O tratamento possui três alternativas: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Seja de forma combinada ou isolada, todas têm como objetivo combater as células cancerígenas. A escolha da melhor estratégia dependerá do tamanho, da localização e da extensão do tumor.
De acordo com o INCA, os tumores restritos ao pulmão devem ser removidos por meio de procedimento cirúrgico. Nos primeiros estágios da doença, as chances de cura são de 75%. Em estágios mais avançados, a combinação de radioterapia e quimioterapia obtém os melhores resultados, com 30% de chance de cura.

Prevenção

A forma mais importante e eficaz de prevenção é o combate ao tabagismo. Com essa medida, há redução significativa do índice de novos casos e da taxa de mortalidade relacionada com o câncer de pulmão. Também é fundamental diminuir a exposição passiva contínua à fumaça do tabaco (fumantes passivos), já estabelecida como importante causa de desenvolvimento de neoplasia pulmonar.
Para os indivíduos que trabalham expostos a outros agentes irritantes dos pulmões, é recomendado o uso de equipamentos de proteção individual. Para aqueles que têm história familiar de câncer de pulmão, é essencial o acompanhamento regular com um especialista para a realização de exames periódicos.

Editora médica: Dra. Anna Gabriela Fuks (615039RJ)

Acidente Vascular Cerebral




Definição

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma doença caracterizada por um déficit neurológico (diminuição da função) decorrente de uma interrupção da circulação cerebral ou de hemorragia. Cerca de 85% dos AVCs são de origem isquêmica e 15% decorrentes de hemorragia cerebral. O AVC está entre as condições médicas mais frequentes, apresentando, nos EUA, uma incidência de 500.000 casos/ano, sendo uma patologia neurológica ameaçadora, responsável por 20% das mortes cardiovasculares, e ocupando o terceiro lugar entre as mortes em países desenvolvidos, depois de doenças cardíacas e câncer.

Causas

Entre os fatores de risco, o principal deles é a idade, havendo clara relação do envelhecimento com o risco de AVC, que começa a se elevar por volta dos 60 anos e dobra a cada década. Outros fatores são hereditariedade, sexo e raça, sendo que o sexo masculino e a raça negra apresentam maior incidência de AVC isquêmico.
Entre os fatores de risco modificáveis, a hipertensão arterial é o principal deles, acarretando um aumento superior a três vezes na incidência de AVC.
Outras doenças que aumentam o risco de o paciente desenvolver AVC incluem diabetes, obesidade e dislipidemia, além de tabagismo e sedentarismo.
A ruptura de um aneurisma cerebral pode ser a causa de um AVC hemorrágico. Na maioria das vezes, o paciente não sabe que tem esta malformação vascular.

Sintomas

Pacientes com AVC isquêmico geralmente referem diminuição ou perda da força muscular e/ou da visão, dificuldade na fala, formigamento em um dos lados do corpo, alterações de memória e tontura. Este quadro é mais frequente em indivíduos mais velhos. Já no AVC hemorrágico, que é mais comum em pessoas mais jovens, além desses mesmos sintomas, também são habituais as queixas de dor de cabeça, náuseas, vômitos e até convulsões, podendo evoluir rapidamente para coma e óbito.

Diagnóstico

O diagnóstico do AVC fundamenta-se em quadro clínico e exame neurológico, complementados por exame de imagem. O estudo mais comumente utilizado na fase aguda é a tomografia computadorizada de crânio, que permite definir o tipo do AVC e a parte do cérebro acometida. A ressonância nuclear magnética também é muito útil para o diagnóstico do AVC.

Tratamento

Procurar um médico aos primeiros sinais da doença é fundamental para a indicação do melhor tratamento para cada caso. Somente o especialista poderá orientar o paciente em relação aos procedimentos adequados e ao uso de remédios.
Na fase aguda, o tratamento deve ser feito ainda na sala de emergência do hospital e visa a manutenção dos sinais vitais e estabilização do paciente. O tratamento específico com trombolíticos (em casos de AVC isquêmico) e/ou a cirurgia devem ser iniciados o quanto antes para diminuírem o risco de sequela.

Prevenção

Controlar a pressão arterial, o colesterol, o nível de açúcar no sangue, manter o peso ideal, não fumar e praticar atividade física regular são as principais medidas para se prevenir um AVC isquêmico. O AVC hemorrágico em decorrência de ruptura de aneurisma cerebral não tem como ser prevenido.