domingo, 2 de outubro de 2011

Aparelho de raio x "Arco em c"






Arco Cirúrgico de raio-x tipo arco c, é um aparelho com emissão de radiações ionizantes do tipo raio-x, capacitado para radiografia e Fluoroscopia, composto por arco c montado sobre rodízios, gerador de raio-x, tubo de raio-x, colimador, unidade de comando, intensificador de imagem e sistema de TV com suporte móvel, com Subtração digital de imagens.Aparelho para aplicação em centro Cirúrgico, cirurgia vascular, ortopédica e exames de angiografia, possibilidade de fluoroscopia pulsada e continua e modo de Radiografia direta e digital, com ajuste de kv, ma, mas corrente vezes Tempo, seleção dos três tamanhos do campo de intensificador de imagens sendo que um dos campos deve ter diâmetro aproximado de 9 polegadas, seleção de fluoroscopia pulsada, continua e Manual, aquisição simples e seqüencial de imagens, ajuste de modo Radiográfico ou fluoroscopia, capacidade de congelamento da Ultima imagem, memória RAM com capacidade mínima de armazenamento de 8 imagens digitais, sistema dicom storage e print, Armazenamento e impressão, armazenamento e visualização de cine loop digital. Indicadores visuais com valor selecionado para ma, Valor selecionado para kv, valor selecionado mas corrente vezes Tempo, tempo de fluoroscopia, equipamento em operação.
Tubo de Raio x anodo giratório de no mínimo 10 kw/ 300 khu ou superior de Capacidade térmica, ou anodo fixo de no mínimo 2,5kw / 100 khu ou Superior de capacidade térmica; com foco duplo, com controle Automático, potencia, corrente e capacidade térmica de Aquecimento e resfriamento compatíveis com o gerador de raio x, Colimação filtragem total de raio x de, no mínimo, 2.5 mmal.
Intensificador de imagem com campo triplo, sendo o maior, com Dimensão mínima de 9 polegadas. Câmera de video do tipo ccd, resolução mínima de 525 linhas horizontais. 02 monitores de lcd dimensão mínima de 16 polegadas, definição e resolução mínima Compatível com câmera de video, monitoração simultânea da Imagem congelada em tempo real. Proteção térmica e de sobre Corrente para o tubo de raio-x, bloqueio de disparo para valores programados que excedem a potencia do tubo.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Principais exames odontológicos



Periapicais: Tem como objetivo mostrar os dentes e os tecidos circunjacentes a seus ápices. Feitas pela técnica da bissetriz e do paralelismo (cone longo). Indicadas para avaliar as relações anatômicas entre as dentições decídua e permanente; a presença de alterações coronárias, tais como processos de cáries, cáries reincidentes sob restaurações; alterações pulpares e dentinárias como cáries, mineralizações, nódulos pulpares e forma da câmara pulpar e dos condutos radiculares; na manipulação dos condutos radiculares, o conhecimento da forma, do tamanho e do número de raízes dentárias; a existência de anomalias dentárias, reabsorções radiculares internas e externas. 




Interproximal: Exame das faces interproximais dos dentes posteriores e da crista óssea alveolar com a finalidade de detectar a presença de processos de cáries nesta região, adaptação marginal de restaurações e presença de lesões periodontais com destruição da crista óssea alveolar.



Oclusais: Torna possível examinar áreas mais extensas de maxila e mandíbula, usada na pesquisa e localização de corpos estranhos, raízes residuais e supranumerários áreas patológicas, fraturas ósseas, complementando o diagnostico com o uso de outras técnicas radiográficas intra e extrabucais.




Lateral : Pacientes que apresentam trismo, localização de corpo estranho Delimitação de área patológica Pós operatório, cirurgico




Water´s: Usada para avaliar os seios maxilares, os assoalhos das órbitas e, ainda o seio frontal e células etmoidais; para pesquisa e localização de corpos estranhos, fragmentos de raízes, dentes no interior do seio; localização e delimitação de áreas patológicas; localização e delimitação de fraturas na maxila.



Towne: Usada para localização, determinação das direções, extensão e complexidade das fraturas; na pesquisa e localização de corpos estranhos, raízes residuais, dentes inclusos, supranumerários e para localização e delimitação de áreas patológicas.



segunda-feira, 25 de abril de 2011

OSTEOPOROSE





O que é osteoporose?

Osteoporose é a doença óssea metabólica mais freqüente, sendo a fratura a sua manifestação clínica. É definida patologicamente como "diminuição absoluta da quantidade de osso e desestruturação da sua microarquitetura levando a um estado de fragilidade em que podem ocorrer fraturas após traumas mínimos". É considerada um grave problema de saúde pública, sendo uma das mais importantes doenças associadas com o envelhecimento.
A fratura de femur é a consequência mais dramática da osteoporose. Cerca de 15% a 20% dos pacientes com fratura de quadril morrem devido à fratura ou suas complicações durante a cirurgia, ou mais tarde por embolia ou problemas cardiopulmonares em um período de 3 meses e 1/3 do total de fraturados morrerão em 6 meses. Os restantes, em sua maioria, ficam com graus variáveis de incapacidade.
Em aproximadamente 20% dos casos pode ser identificada uma doença da qual a osteoporose é secundária e nos 80% restantes os pacientes são portadores de osteoporose da pós-menopausa ou osteoporose senil.
Como se desenvolve a osteoporose?
O remodelamento ósseo é um processo contínuo de retirada de osso para o sangue e formação de osso novo, ocupando 20 a 30% do esqueleto a cada momento. Através do remodelamento, o tecido ósseo substitui células velhas por novas (o que ocorre em todos tecidos) e o organismo pode dispor de elementos importantes que são armazenados nos ossos, como o cálcio.
Os osteoclastos são as células responsáveis pela reabsorção durante o remodelamento.
osteoporose 1 No início de cada ciclo de remodelamento os osteoclastos escavam o osso, formando lacunas na sua superfície e cavidades no seu interior. Após cerca de duas semanas os osteoclastos são deslocados pelos osteoblastos que em um período aproximado de três meses preenchem a área absorvida com osso novo.
Até aproximadamente 30 anos de idade a quantidade de osso reabsorvido e reposto é igual. A partir daí, inicia-se um lento balanço negativo que vai provocar, ao final de cada ativação das unidades de remodelamento, discreta perda de massa óssea. Inicia-se, portanto, um lento processo de perda de massa óssea relacionada com a idade - osteoporose senil - no qual, ao longo de suas vidas, as mulheres perderão cerca de 35% de osso cortical (fêmur, por exemplo) e 50% de osso trabecular (vértebras), enquanto os homens perderão 2/3 desta quantidade.
osteoporose 2 Além desta fase lenta de perda de massa óssea, as mulheres têm um período transitório de perda rápida de osso no qual a queda de estrógenos circulantes, que ocorre desde a pré-menopausa, desempenha papel importante. O período transitório de perda rápida pode se manter por 4 a 8 anos, nos quais a perda óssea chega até a 2% ao ano. O osso trabecular é metabolicamente mais ativo e mais responsivo às alterações do funcionamento do organismo o que pode explicar porque, neste tipo de osso, a perda óssea inicia-se, em ambos sexos, na terceira década e a massa total de osso declina 6 a 8% a cada 10 anos. Também a resposta à queda estrogênica é mais intensa, havendo grande aceleração do remodelamento ósseo e perda de 5 a 10% de massa óssea ao ano em 40% das mulheres - osteoporose da pós-menopausa.
Observam-se, portanto, dois padrões distintos de alterações no funcionamento das unidades de remodelamento que levarão à osteoporose. Um é lento e dependente da idade - osteoporose senil - e relacionado com defeito na formação óssea; os osteoclastos produzem lacunas de profundidade normal ou até menores, mas os osteoblastos são incapazes de preenchê-las completamente.
Já as modificações que ocorrem com a queda de estrógenos levam a um remodelamento onde há maior número de osteoclastos e cada um produz uma cavidade mais profunda; também há aumento da atividade dos osteoblastos que tentam corrigir o defeito mas não conseguem, caracterizando o remodelamento acelerado onde a atividade de reabsorção é maior e, no final de cada ciclo, haverá um declínio significativo de massa óssea - osteoporose da pós-menopausa.
Fatores de risco para osteoporose
A massa óssea do adulto - pico de massa óssea - reflete o acúmulo de tecido ósseo ocorrido durante o crescimento. Parece chegar ao limite máximo ao redor dos 17 anos de idade, podendo estender-se até ao redor dos 30 anos.
Predispõem à osteoporose fatores que induzem a um baixo pico de massa óssea e aqueles que são responsáveis por perda excessiva ou baixa produção.
 
Genéticos
Raça branca ou asiática
História familiar
Baixa estatura
Massa muscular pouco desenvolvida
Estilo de vida
Baixa ingesta de cálcio
Sedentarismo
Exercício excessivo levando a amenorréia (ausência de menstruação)
Pouca exposição solar
Nuliparidade
Tabagismo (*)
Alcoolismo (*)
Dieta vegetariana (*)
Alta ingesta de proteínas permanentemente (*)
Alta ingesta de cafeína permanentemente (*)
(*) Associado com os outros fatores
Ginecológicos
Menopausa precoce sem reposição hormonal
Primeira menstruação tardia
Retirada cirúrgica de ovários sem reposição hormonal
Ligadura das trompas (+)
Retirada cirúrgica parcial do útero (+)
(+) Risco de diminuição da função ovariana por insuficiência vascular.
Manifestações clínicas
Os sintomas são secundários às fraturas. Quando ocorre nas vértebras, a dor pode ser de dois tipos. Uma é aguda, localizada, intensa, mantendo a paciente imobilizada e relacionada com fratura em andamento. Em situações de dor aguda, inicialmente ela pode ser mal localizada, espasmódica e com irradiação anterior ou para bacia e membros inferiores. A fratura vertebral pode ainda não ser observável com precisão em exame radiológico, dificultando o diagnóstico. A paciente se mantém em repouso absoluto nos primeiros dias. Mesmo sem tratamento, a dor diminue lentamente e desaparece após duas a seis semanas, dependendo da gravidade da fratura. Quando a deformidade vertebral residual é grave, pode permanecer sintomatologia dolorosa de intensidade variável ou esta aparecer tardiamente.
Também ocorrendo com freqüência, a dor pode ser de longa duração e localizada mais difusamente. Nestes casos, ocorreram microfraturas que levam a deformidades vertebrais e anormalidades posturais e conseqüentes complicações degenerativas em articulações e sobrecarga em músculos, tendões e ligamentos.
Nova fratura vertebral é comum, repetindo-se o quadro clínico. Nas pacientes com dor persistente, esta se localiza em região dorsal baixa e/ou lombar e, freqüentemente, também referida a nádegas e coxas. Nesta etapa da evolução da doença as pacientes já terão sua altura diminuida em alguns centímetros às custas das compressões dos corpos vertebrais e do achatamento das vértebras dorsais.
osteoporose 3 O dorso curvo (cifose dorsal) é característico e escoliose (curvatura lateral) lombar e dorsal aparecem com grande freqüência. Com a progressão da cifose dorsal há projeção para baixo das costelas e conseqüente aproximação à bacia, provocando dor local que pode ser bastante incômoda. Nos casos mais avançados, a inclinação anterior da bacia leva a alongamento exagerado da musculatura posterior de membros inferiores e contratura em flexão dos quadris e consequentes distúrbios para caminhar, dor articular e em partes moles. Compressão de raíz nervosa é muito rara.
Diagnóstico
osteoporose 4
O critério atual para diagnóstico de osteoporose é perda de 25% de massa óssea quando comparada com adulto jovem. Assim, diagnóstico precoce de osteoporose é feito através da densitometria óssea enquanto o estudo radiológico somente mostra alterações inequívocas quando há perda de 30% da massa óssea.
Organização Mundial de Saúde
Critérios para diagnóstico de osteoporose
 
Normal
Valor para densidade óssea até 1 desvio-padrão* abaixo da média do adulto jóvem de mesmo sexo e raça.
Osteopenia
Valor para densidade óssea entre 1 a 2,5 desvios-padrões abaixo da média do adulto jovem de mesmo sexo e raça.
Osteoporose
Valor para densidade óssea mais do que 2,5 desvios-padrões abaixo da média do adulto jovem de mesmo sexo e raça.
Osteoporose severa
Valor para densidade óssea mais do que 2,5 desvios-padrões abaixo da média do adulto jovem de mesmo sexo e raça na presença de uma ou mais fraturas decorrentes de fragilidade óssea. (*) 1 desvio-padrão é igual a 10%.
Estas situações são particularmente importantes em mulheres no período perimenopáusico, pois permite apontar as perdedoras rápidas de cálcio ou que não atingiram suficiente pico de massa óssea e serão candidatas a fraturas vertebrais cerca de dez anos após a menopausa se não forem adequadamente tratadas. Deste modo, por meio da densitometria óssea, pode-se detectar estados de osteopenia e conceituar-se osteoporose através da massa óssea e risco estatístico de fratura.
Marcadores do remodelamento ósseo
Deve-se ressaltar que a densitometria óssea fornece o grau de mineralização óssea, sendo uma informação semelhante a uma fotografia, parada. Entretanto, precisamos de exames que nos mostrem como as células que retiram (osteoclastos) e produzem (osteoblastos) osso estão se comportando. Sabendo-se se há alteração no remodelamento ósseo (acelerado, normal ou lento) poderemos intervir com medicamentos. As proteínas medidas são os marcadores do remodelamento ósseo e refletem o estado atual da atividade óssea... São classificados em marcadores de formação e marcadores de reabsorção óssea, dependendo do fenômeno biológico que expressam.
Os principais marcadores de formação óssea são a fosfatase alcalina óssea e a osteocalcina. São produzidos pelos osteoblastos e estão aumentados nos estados de remodelamento ósseo acelerado.
Os marcadores de reabsorção óssea mais utilizados atualmente são a d-piridinolina e os N - telopeptídeos.
A utilização racional da densitometria óssea em conjunto com os marcadores bioquímicos permite:
 
Detectar perdedoras rápidas de cálcio com densidade óssea normal (mulheres em climatério pré-menopausa ou pós-menopausa recente) e instituir tratamento preventivo. Nestes casos, tanto marcadores de formação como de reabsorção estão aumentados. Pode haver uma zona de superposição onde, em geral, aparece reabsorção acelerada (aumento de d-piridinolina e/ou N-telopeptídeo) e osteocalcina e/ou fosfatase alcalina óssea próximos ao limite superior da normalidade.
Monitorar o tratamento da osteoporose da pós-menopausa possibilitando modificar ou acrescentar drogas precocemente. Devem-se repetir os testes 2 a 3 meses após o início do tratamento. Se não estiverem normais sugere-se revisar adesão ao tratamento ou o esquema utilizado. Medidas subseqüentes devem ser feitas pelo menos 2 vezes ao ano.
Identificar portadores de osteoporose senil com remodelamento acelerado (devido a alimentação pobre em cálcio ou deficiência de absorção de cálcio pelo intestino o organismo retira do osso o cálcio que precisa circular no sangue). Nestes pacientes, observa-se cálcio normal, aumento da reabsorção óssea e formação ossea normal ou baixa.
Identificar os pacientes com osteoporose de baixo remodelamento (senil).
Na osteoporose com remodelamento ósseo lento os marcadores estão normais, podendo haver tendência a valores próximos ao limite inferior. Tratamento com estimulantes da atividade osteoblástica elevam-nos em alguns casos.
Tratamento-Drogas utilizadas
As drogas utilizadas no tratamento da osteoporose atuam diminuindo a reabsorção óssea ou aumentando sua formação.
Agentes anti-reabsortivos
Não há consenso se estas drogas somente estabilizam ou aumentam discretamente a massa óssea ou se produzem ganhos significativos. O acompanhamento dos tratamentos tem mostrado aumento da densidade óssea e diminuição do número de fraturas mas o ganho de massa óssea pode não superar o limiar de fratura, principalmente se forem iniciados tardiamente.
Estrógeno
A Reunião de Consenso do III Simpósio Internacional sobre Osteoporose, em 1990, estabeleceu que estrógenos são o tratamento de escolha na osteoporose da posmenopausa. A fase acelerada de perda óssea que ocorre em 40% das mulheres logo após a menopausa é responsável por 30% a 50% de todo osso perdido ao longo de suas vidas. Portanto, o tratamento deve ser iniciado precocemente a fim de prevenir a queda inicial de massa óssea. Com esta conduta, consegue-se diminuir em 50% a incidência de fraturas. A reposição hormonal deve ser mantida pelo menos 5 a 8 anos, correspondendo ao período do climaterio em que o remodelamento ósseo é mais acelerado. Após a suspensão do tratamento, mesmo que seja com menor intensidade, retornam os ciclos de remodelamento com balanço negativo, sendo prudente, se não houver contra-indicação, a permanência da hormonioterapia de reposição por 20 anos ou mais.
Quando a osteoporose está estabelecida, os resultados são menos eficazes mas ainda positivos. Não há idade limite para se iniciar reposição hormonal. A rigor, se houver densidade óssea abaixo de um desvio padrão para a idade, o tratamento deve ser indicado pelo menos para mulheres até 75 anos de idade (ver adiante: terapêutica combinada). Entretanto, nestes casos, outras drogas anti-reabsortivas podem estar melhor indicadas.
Controvérsias a respeito de contra-indicações e para-efeitos de estrógenos permanecem. Recomendamos a toda paciente que pretende usar hormônios indispensável aconselhamento e acompanhamento com ginecologista.
Os defensores do uso de estrógenos afirmam:
 
A maior incidência de câncer de endométrio é eliminada com o uso de progestágenos.
Não está estabelecido que estrógenos provocam câncer de mama e seu uso não se acompanha de maior mortalidade. Ao contrário, as tomadoras de estrógenos estão indiretamente protegidas porque fazem acompanhamento médico adequado. Mesmo assim, história familiar de câncer de mama é contra-indicação ao uso de estrógenos.
Quanto às doenças cardiovasculares, o uso de estrógenos diminue os níveis de colesterol total e LDL e aumenta HDL; alem disto, atua diretamente em estruturas da parede vascular produzindo um efeito anti-trombótico. Progestágenos tem efeito contrário mas adequando-se doses menores conseguem-se bons resultados.
Calcitonina e Bisfosfonatos
Inibem a atividade dos osteoclastos. Têm as mesmas indicações e resultados que os estrógenos e ação analgésica que torna atraente seu uso em fraturas por osteoporose. É uma alternativa para as mulheres que não podem ou não querem usar estrógenos.
As calcitoninas de salmão são as mais resistentes a degradação no homem e, por isto, são as mais potentes. Porém, o uso de calcitonina tem se restringido aos pacientes que não toleram bisfosfonatos e também aos episódios de fratura. Sempre que for prescrito calcitonina deve-se acrescentar pelo menos uma tomada de cálcio suplementar 1 a 2 horas após. Densitometrias de controle não antes de 1 ano e os novos marcadores bioquímicos são indispensáveis nestes casos.
Há formas distintas de bisfosfonatos com potência e tempo de ação diferentes que são utilizados para outras doenças ósseas. Etidronato é o mais antigo bisfosfonato usado em osteoporose e, mais recentemente, foram lançados o alendronato e o residronato. São altamente eficazes.
Os bisfosfonatos devem ser administrados longe de refeições e é necessária suplementação de cálcio.
Cálcio
A quantidade de cálcio alimentar necessária para manter a massa óssea é desconhecida. Propõe-se que adolescentes recebam 1200 a 1500mg/dia, homens 800 mg, mulheres na premenopausa 1000 mg, mulheres na posmenopausa 1500 mg, mulheres grávidas e em período de lactação devem receber 1200 a 1400 mg/dia e idosos 1200 a 1600 mg/dia.
O pico de massa óssea atingido na idade adulta tem um componente genético importante mas, certamente, deficiência de injesta e aumento de oferta interferem em alguma proporção. Trabalhos que estudaram a influência do cálcio no ganho de massa óssea em osteoporose da posmenopausa e senil estabeleceram em 1200 a 1500 mg a quantidade a ser administrada por dia.
Pode haver suplementação alimentar e é importante o uso noturno, principalmente em idosos, devido ao jejum prolongado. Um copo grande de leite, um copo de yogurt ou um pedaço grosso de queijo tem 300 mg de cálcio.
Vitamina D3
O uso de vitamina D3 nos idosos é indispensável para aumentar a absorção intestinal de cálcio e estimular o remodelamento ósseo. Recomenda-se o uso de 800 U de vitamina D3 ou 0,50 ug de calcitriol ou alfacalcidol.
Estimulantes da formação óssea
 
Fluoreto de sódio
Fluoreto de sódio é um potente estimulador da atividade osteoblástica. Vários estudos mostram aumento da densidade do osso trabecular mas, aparentemente, sem reduzir o número de fraturas. São muito pouco utilizados, limitando-se às situações em que precisamos estimular o osteoblasto. (Ver terapêutica combinada).
Paratohormônio (PTH) intermitente em doses baixas
O efeito positivo sobre aumento da densidade óssea com o uso de PTH em doses baixas intermitentes tem sido citado na imprensa leiga. Ainda está sendo usado somente em pesquisa. À semelhança do que ocorre com fluoreto, parece que, dependendo da dose e tempo de uso, PTH pode aumentar a osteoporose. Enquanto estas questões não estiverem resolvidas o PTH não poderá ser usado rotineiramente no tratamento da osteoporose.
Exercícios e prevenção de quedas
Em uma extensa revisão, concluiu-se que exercícios de carga são úteis como coadjuvantes ao tratamento, em qualquer idade. Eles devem ser mantidos regularmente pois sedentarismo leva à perda do que se ganha com exercícios prévios. Os indivíduos não-osteoporóticos também devem ser estimulados a praticar exercícios tais como caminhar e correr. A manutenção de musculatura potente e a destreza que a prática de exercícios e esportes mantém são importantes para a prevenção de quedas. Os idosos devem ser aconselhados a evitar calçados com solado de couro, escadas sem corrimão, levantar-se rapidamente, tapetes soltos, assoalho encerado e tantos outros fatores de risco para quedas.
Terapêutica combinada
A racionalização desta proposta é ativar, deprimir, liberar, repetir. Parece ser o esquema que mais se adequa ao tratamento da osteoporose senil. Inicialmente, é dado um medicamento que estimule a formação e, após, outro que diminua a reabsorção óssea. Um período livre, teoricamente, permite às áreas de remodelamento aumentarem a fabricação de osso. Vários esquemas tem sido testados. Parece sensata a associação fluoreto de sódio/cálcio como estimulantes dos osteoblastos e calcitonina ou bisfosfonatos como depressores da atividade dos osteoclastos. A dose de fluoreto de sódio recomendada é 30 a 40 mg ao dia durante 2 a 3 meses e a oferta de cálcio diária ao redor de 1500 mg, sempre com uma tomada à noite. O cálcio deve ser mantido mesmo após a suspensão do flúor. Devido à intolerância que os pacientes idosos podem apresentar, a associação medicamento/leite ou yogurt é boa alternativa. Vitamina D3 800 U ou 0,50ug de calcitriol ou alfacalcidol são indispensáveis em idosos. Quando disponível, PTH deverá ser o estimulante de escolha.
Conduta na Mulher na Perimenopausa
Não se dispõe de terapêutica que reestruture a microarquitetura do osso. Portanto, prevenção é a conduta prioritária no manejo de osteoporose da posmenopausa e senil.
Se a paciente iniciar reposição hormonal para tratamento de fogachos, atrofia vaginal, prevenção ou controle de dislipidemia ou, simplesmente, por decisão pessoal, já estará prevenindo ou tratando osteoporose. Nestes casos, densitometria óssea não é indispensável desde que haja intenção de manter o tratamento por tempo prolongado. Porém, se a hormonioterapia for suspensa por algum motivo, a paciente deve ser alertada e sugerida densitometria óssea e dosagem dos marcadores ósseos.
Não havendo outras indicações para estrogenioterapia, as medidas da densidade óssea e dos marcadores ósseos devem ser exames de rotina pois permitem detectar-se precocemente estados de osteopenia e remodelamento ósseo acelerado (excesso de saída de massa óssea) que, se bem conduzidos, terão grande chance de não evoluirem com futuras fraturas.
Sempre que houver marcador de reabsorção aumentado (N-teplopeptídeos ou D-piridinolina) está indicado tratamento, mesmo com densitometria normal.
Se a densidade óssea estiver diminuída mais do que um desvio padrão da média normal, deve ser iniciado tratamento de reposição hormonal ou outra alternativa se a paciente não quiser ou houver contra-indicação.
Se a densidade óssea estiver ao redor de um desvio padrão abaixo do normal e os marcadores estiverem normais o tratamento não é mandatório e a densitometria deve ser repetida entre 1 a 2 anos. A presença de fatores de risco antecipa a data do re-exame mas não parece lógico antes de 1 ano.
A terceira possibilidade é densidade óssea e marcadores ósseos normais. Neste caso, não há necessidade de hormônios e a densitometria não precisa ser repetida antes de 2 anos. Não há protocolos rigorosos nesse sentido mas é prudente não manter-se mais do que 3 anos sem controle.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Esta doença tem cura?
Qual a finalidade do tratamento?
O tratamento é esta receita somente ou devo repetí-la?
Há interferência com outros remédios que estou usando?
Quais os efeitos colaterias? Devo fazer exames de controle?
Existem problemas com obesidade e dieta?
Qual a importância de exercícios e repouso?
Que cuidados devo ter com meus hábitos diários, profissionais e de lazer?

segunda-feira, 14 de março de 2011

Tipos de Fraturas





Fratura - Osso quebrado, ou seja perda da continuidade óssea por trauma 

 Luxação - Ocorre um deslocamento do osso de uma articulação, ou quando o contato articular dos ossos é completamente perdido.




Subluxação - Luxação parial na qual uma vértebra está deslocada posteriormente.

Entorse - É uma torção ou distensão forçada de uma articulação, resultando em rotura parcial dos ligamentos de suporte sem luxação.





Contusão - Essa é um tipo de injúria com uma possível fratura em avulsão. Um exemplo é a injúria decorrente do futebol americano que envolve uma contusão do osso da crista ilíaca da pelve.



                                          Tipos de Fraturas

 ► 1 - Fratura simples (fechada) = Uma fratura na qual o osso não atravessa a pele
 ► 2 - Fratura composta (aberta) = Uma fratura na qual o osso projeta-se através da pele
 ► 3 - Fratura incompleta (parcial) = Não ultrapassa todo o osso. ( O osso não é quebrado em duas partes.) È mais comum em crianças. Os dois tipos principais de fraturas incompletas são as seguintes:





3.1 - Fratura em tara: Essa envergadura do córtex é caraterizada pela expansão localizada ou fratura do córtex, possivelmente pequena ou nenhuma luxação e ausência de quebra completa do córtex.

3.2 - Fratura em galho verde: A fratura ocorre em apenas um lado. O córtex de um lado do osso está quebrado, e o outro lado está envergado. Quando o osso se endireita, uma linha de fratura tênue no córtex pode ser vista em um lado do osso, e uma discreta saliência ou defeito em forma de prega é vista do lado oposto.




 ► 4 - Fratura completa = Nessa fratura, a quebra é completa e inclui o  corte transversal do osso. O osso quebrado em duas partes. Três tipos principais de fraturas completas são as seguintes:

 4.1 - Fratura transversal: A fratura é transversal em um ângulo quase reto em relação ao eixo longitudinal do osso.

 4.2 - Fratura oblíqua: A fratura atravessa o osso em um ângulo oblíquo.

 4.3 - Fratura espiral: Nessa fratura, o osso é separado e a fratura forma espirais ao redor do eixo longitudinal.

 ► 5 - Fratura Cominutiva: Nessa fratura, o osso é estilhaçado ou esmagado no local do impacto, resultando em dois ou mais fragmentos. A seguir estão os três tipos de fraturas cominutivas que possuem implicações específicas para o tratamento e o prognóstico, devido á possível interrupção substancial de sangue.

 5.1 - Fratura segmentar: um tipo de fratura dupla com duas linhas de fratura isolando um segmento distinto de osso.

 5.2 - Fratura em borboleta: Uma fratura cominutiva com dois fragmentos de cada lado de um fragmento principal separado em forma de cunha; possui alguma semelhança com as asas de uma borboleta.

 5.3 - Fratura estilhaçada: Uma fratura cominutiva na qual o osso é esmigalhado em fragmentos finos e pontiagudos.

 ► 6 - Fratura Impactada = Nessa fratura, um fragmento está firmemente cravado no outro; diáfase do osso é impelida na cabeça ou no segmento terminal. Isso ocorre mais comumente nas extremidades distais ou proximais do fêmur, úmero ou rádio.

                        Fraturas com " Denominações" Específicas

 Fratura do enforcado = Essa fratura ocorre através de pendículo do áxis com ou sem deslocamento.

 Fratura de Monteggia = Essa fratura da metade proximal da ulna juntamente com deslocamento da cabeça radial pode resultar de defesa contra golpes com antebraço.

 Fratura de Pott = Esse termo antigo é usado para descrever uma fratura completa da fíbula distal com injúria importante da articulação do tornozelo, incluindo dano ligamentar e associada frequentemente a fratura da tíbia distal ou do maléolo medial.

 Fratura de Smith = (Colles invertida) = Essa é uma fratura do rádio distal com deslocamento anterior (angulação posterior do ápice)

                                     Outros Tipos de Fraturas

 Fratura em avulsão = Essa fratura resulta de grave estresse eu um tendão ou ligamento em região articular. Um fragmento ósseo é separado ou afastado pelo tendão ou ligamento de flexão

 Fratura por explosão e/ou tripode = Essas fraturas proveniente de um golpe direto na órbita e/ou maxila e zigoma.

 Fratura em lasca = Essa fratura envolve um fragmento ósseo isolado. (Não é a mesma coisa que uma fratura em avulsão)

 Fratura por compressão = Essa fratura vertebral é causada por injúria tipo compressiva. O corpo vertebral sofre colapso ou é comprimido. Geralmente , é mais evidente radiograficamente por uma diminuição da dimensão anterior do corpo vertebral.

 Fratura por afundamento = (ocasionalmente chamada de fratura de pingue pongue) = Nessa fratura craniana, um fragmento está deprimido. A aparência é similar a uma bola de pingue pongue que tenha sido pressionada com o dedo, mas, se a indentação puder ser elevada novamente, pode assumir sua posição próxima à original.

 Fratura Epifisária = Essa é uma fratura através da placa epifisária, ponto de união da epífase e a diáfase óssea. É um dos locais mais comuns de fratura nos ossos longos em crianças. Os radiologistas comumente usam a classificação de Salter-Harris (Salter 1-5) para descrever a gravidade e a indicação racional do prognóstico dessas fraturas.
TIPO I - Separação Epifisária Pura:
 TIPO II - Fragmento da Metáfise acompanha a epífase deslocada -75%;
 TIPO III - Fratura vertical atravessando a epífase e a placa de crescimento
 TIPO IV - Fratura de orientação vertical que se estende através da epífase e da placa de crescimento para metáfase;
 TIPO V - Fratura originada de uma força do tipo esmagadora geralmente dirigida para centros epifisários.




  Fratura Patológica = Essas fraturas são devidas a processo de doença no inferior do osso, como osteoporose, neoplasia ou outras doenças ósseas.

 Fratura de estresse ou fadiga = Esse tipo de fratura tem origem não traumática. Resulta de estresse repetido em um osso como durante a marcha ou corrida. Se decorrentes de marcha, essas fraturas usualmente são na porção média dos metatarsos, e, se causadas por corridas, são na porção distal da tíbia. Fraturas de estresse são frequentemente difícies de demosnstrar radiograficamente e podem ser visíveis apenas pela formação subsequente de calo no local da fratura ou através de varredura óssea por medicina nuclear.

 Fratura estrelada = Nessa fratura, as linhas de fratura são radiadas a partir de um ponto central de injúria com padrão em forma de estrela. O exemplo mais comum desse tipo de fratura é a patela frequentemente causada pelo impacto dos joelhos no painel em um acidente com veículo automotor.

Fratura trimaleolar = Essa fratura do tornozelo envolve os maléolos medial I e lateral e a borda posterior da tíbia distal.

 Fratura do tofo ou explosiva = Essa fratura cominutiva da falange distal pode ser causada por um golpe esmagador na porção distal do hálux.

 Fratura em LE FORT = Essa fratura da região maxilar. Três tipos são citados porem a depender da gravidade da fratura soma-se os tipos identificando assim a fratura. Essas fraturas seguem as linhas das suturas. Classificação:

LE FORT I = Ocorre transversalmente pela maxila, acima do nível dos dentes, o segmento fraturado contem o rebordo aveolar, partes das paredes dos seios maxilares, o palato e a parte inferior da apófise pterigóide do osso esfenóide.

 LE FORT II = Causadas por golpes na região maxilar superior que produzem fraturas dos ossos nasais e das apófises frontais da maxila. As fraturas então passam lateralmente, pelos ossos lacrimais, pelo rebordo orbitário inferior, pelo assoalho da órbita e próximas a ou pela sutura zigomaticomaxilar. As fraturas continuam para trás, ao longo da parede lateral da maxila, pelas lâminas pterigóides e na fossa pterigomaxilar. Esta fratura, por causa de sua forma geral, foi denominada fratura piramidal. Em lesões graves com continuação, pode haver grande deslocamento afetando a região etmoidal e lacrimal, e com alongamento para os lados, o que produz um aumento do espaço interorbitário.

 LE FORT III = A disjunção ocorre quando a força traumática é suficiente para produzir a separação completa dos ossos faciais de seus ligamentos ao crânio. As fraturas geralmente ocorrem pelas suturas zigomaticofrontal, maxilofrontal nasofrontal, pelos assoalhos das órbitas pelo etmóide e pelo esfenóide, com completa separação de todas as estruturas o esqueleto facial médio de seus ligamentos. Em algumas dessas fraturas, a maxila pode permanecer ligada a suas articulações nasal e zigomática, mas todo terço médio da face pode estar completamente desligado do crânio e permanecer suspenso somente por tecidos moles. Tais lesões estão sempre associadas a fraturas múltiplas do ossos faciais.








sábado, 19 de fevereiro de 2011

PSEUDOARTROSE













Pseudoartrose é a não consolidação de uma fratura. Também definida como falsa articulação, a pseudoartrose caracteriza-se então pela falta de consolidação óssea em relação a uma fratura ou mesmo a uma artrose.
A pseudoartrose não é uma doença rara, embora não seja tão conhecida da população. Ao contrário, ela é bastante comum e é alvo de inúmeros estudos na área científica, entre eles, por exemplo, a deficiência femoral proximal, que é dividida em vários tipos. No Tipo A de deficiência femoral proximal, segundo a classificação de Aitken, verificou-se que o osso se encontra acentuadamente angulado, podendo haver uma pseudoartrose. No Tipo B da classificação de Boyd (tíbia - displásica), ocorre com um encurvamento anterior. A fratura ocorre espontaneamente ou após um trauma mínimo antes dos dois anos de idade. As extremidades ósseas no foco da pseudoartrose são atróficas, lembrando uma ampulheta. Associada a manchas "café-com-leite", estigma de neurofibromatose. Em geral, a fíbula também está comprometida. Este tipo é o mais comum e também o de prognóstico menos favorável que em outros tipos de deformidade congênita, entre os quais se encontra o pé torto, este com bom prognóstico.
Na pseudoartrose da coluna lombar, há um estudo de John M. Larsen, MD, que indica que o melhor método de prevenção é o diagnóstico correto para indicação de cirurgia e uma técnica cirúrgica bastante criteriosa.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

CRÂNIO




O crânio é um invólucro de tecidos mais ou menos rígidos que, nos animais do clade Craniata (a que pertencem os vertebrados e outros de filogenia próxima), envolve o cérebro, os órgãos do olfacto, da visão, o ouvido interno e serve de suporte aos órgãos externos dos aparelhos respiratório e digestivo.

Pode considerar-se formado por duas partes principais que, aparentemente correspondem a duas etapas da evolução:


Ao longo da filogénese foram-se estabelecendo relações cada vez mais estreitas entre estas duas partes do crânio, através de articulações chamadas "suspensões":

  • Suspensão anfistílica – em que tanto o palato-quadrado como o iomandibular se articulam com o neurocrânio, como em alguns peixes Chondrichthyes;
  • Suspensão iostílica – em que apenas o iomandibular se articula com o neurocrânio, como na maior parte dos peixes, incluindo alguns tubarões e no esturjão;
  • Suspensão autostílica – em que o neurocrânio e o esplancnocrânio tendem a fundir-se como na maior parte dos tetrápodes.

As modificações evolutivas do esplancnocrânio reflectem as do I e II arcos viscerais durante a ontogénese. O osso iomandibular (porção dorsal do II arco visceral) é o que, nos peixes participação na suspensão iostílica; nos anfíbios, répteis e aves o II arco visceral transforma-se no primeiro dos três ossinhos do ouvido médio (columella), enquanto que o I arco visceral mantém a sua função de sustentar a abertura bucal; nos mamíferos, o articular e o quadrado, provenientes do I arco visceral, transformam-se no martelo e no estribo, completando assim a cadeia de ossinhos do ouvido médio.

Nos mamíferos, a articulação maxilo-mandibular forma-se a partir do dental e da escamado temporal. Nos répteis e mamíferos, as coanas (interior das narinas) passaram para a parte de trás da cavidade bucal para a formação do palato secundário, septo ósseo que separa as vias respiratórias do tubo digestivo. Nas aves, o palato secundário tende a desaparecer, provavelmente pela falta de dentes e existência do bico.


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

PRÓTESES ARTICULARES




Esta técnica cirúrgica denominada artroplastia, que consiste na substituição de uma articulação por uma prótese artificial, constitui um avanço extremamente importante no que diz respeito ao tratamento das complicações das doenças reumáticas, as quais representam problemas irremediáveis das doenças articulares deteriorantes e inflamatórias crónicas.
Entre as principais vantagens deste procedimento, embora seja uma intervenção cirúrgica muito complexa, destaca-se o facto de poder ser realizada, caso não existam contra-indicações, em idosos, pois necessita de um período pós-operatório relativamente curto, o que permite que os pacientes regressem às suas actividades sem terem que passar por um período de repouso prolongado que acaba por ser sempre prejudicial.
A técnica mais comum corresponde à substituição da anca por uma prótese constituída por dois elementos: um de forma esférica, que substitui a cabeça do fémur, composto por um talo que deve ser inserido no interior do osso, e outro de forma côncava, que deve ser implantado e fixado no osso ilíaco, com um cimento especial. Como ambas as partes se unem na perfeição, a articulação consegue efectuar todos os seus movimentos. É igualmente possível proceder-se à substituição de outras articulações, sendo as próteses de joelho e as que substituem as articulações dos dedos, do cotovelo e do ombro as mais comuns.
A substituição dos segmentos ósseos que constituem uma articulação por próteses artificiais é um recurso extremamente útil e eficaz para acabar com as intensas dores e a incapacidade provocada por doenças como a artrose ou a artrite reumatóide em fases avançadas. Actualmente, existem vários tipos de próteses, fabricadas através da união de metais e materiais plásticos perfeitamente adaptáveis ao nosso organismo, pois não provocam nenhuma reacção de rejeição por parte do sistema imunitário, sendo ao mesmo tempo suficientemente resistentes para suportarem os atritos provocados pelos movimentos.

ARTRITE REUMATÓIDE


  




Atualmente, considera-se que a artrite reumatóide é uma doença auto-imune, ou seja, é uma doença provocada por uma reacção anómala do sistema imunitário, que produz anticorpos contra os tecidos do próprio organismo, como se estes fossem agentes estranhos. Neste caso, os anticorpos anómalos atacam vários componentes das articulações e também de outras estruturas orgânicas, o que favorece a formação de compostos denominados imunocomplexos, cuja acumulação provoca uma reacção inflamatória.
Numa fase inicial, a doença costuma provocar uma sinovite, ou seja, uma inflamação do tecido que reveste o interior da cápsula articular. Com o decorrer do tempo, a contínua inflamação do tecido sinovial faz com que este fique mais espesso, o que propicia a formação de uma espécie de tecido cicatricial, denominado pannus, que ao crescer no interior da articulação tem tendência para revestir a cartilagem articular.
Caso a evolução da doença não seja travada, o dito tecido atípico acaba por destruir, ao fim de vários anos, a cartilagem articular e as extremidades ósseas adjacentes a essa articulação, o que origina as deformações características da artrite reumatóide.
Embora a causa que desencadeia esta reacção anómala do sistema imunitário ainda não seja conhecida, acredita-se que possa estar relacionada com factores genéticos, na medida em que a artrite reumatóide tem uma incidência muito mais elevada entre os membros de algumas famílias do que na população em geral. Apesar de alguns investigadores afirmarem que existe um factor precipitante (por exemplo, uma infecção viral) que actua sobre essa condicionante genética, até ao momento ainda não foi possível identificar nenhuma causa que explique esta súbita reacção anómala do sistema imunitário.

Manifestações

A artrite reumatóide caracteriza-se por provocar manifestações locais e gerais e por serem muito distintas. De facto, embora por vezes se evidencie através de sinais e sintomas pouco específicos, como mal-estar, cansaço, dores difusas e febre moderada, que precedem os sinais e sintomas ao nível das articulações, noutras ocasiões costuma manifestar-se por uma súbita inflamação articular. Para além disso, os sinais e sintomas ao nível das articulações tanto podem apresentar-se de forma repentina, manifestando-se ao fim de poucos dias, como de forma lenta, evidenciando-se apenas ao fim de vários meses.
O sintoma mais típico é a dor, de maior ou menor intensidade consoante o caso, que se costuma evidenciar de forma alternada em v árias articulações. Embora a dor tenha a tendência para ir progressivamente aumentando, em alguns casos, diminui ao fim de um certo período de tempo, após o qual volta a reaparecer, acentuando-se nos períodos em que a doença é mais intensa.
Apesar de, na maioria dos casos, as articulações afectadas ficarem tumefactas, inchadas e quentes, por vezes, a pele que as reveste não fica vermelha, ao contrário do que acontece com outras formas de artrite. A tumefacção é, normalmente, muito evidente nas articulações pequenas, como as da mão, enquanto que nas articulações grandes, como a do joelho, por vezes se produz um derrame que provoca um edema acentuado. Em alguns casos, o alastramento da inflamação às estruturas que rodeiam a articulação afectada provoca uma debilitação dos ligamentos, tendões e músculos adjacentes.
Um outro sinal típico é a rigidez articular, uma sensação específica de dificuldade em efectuar movimentos que envolvam as articulações afectadas, manifestando-se essencialmente após o repouso nocturno e diminuindo ao longo do dia.
À medida que a doença vai evoluindo, vai provocando uma característica debilidade dos músculos periarticulares, devido às lesões inflamatórias e à falta de exercício consequente da limitação dos movimentos provocada pela doença. Nas fases mais avançadas da doença, costumam surgir deformações mais ou menos evidentes das articulações afectadas, o que pode provocar uma deterioração do seu funcionamento e, nos casos mais graves, conduzir à invalidez.

Evolução e prognóstico

Embora a artrite reumatóide, por vezes, se cure de forma espontânea, sobretudo no primeiro ano, a doença tem, na maioria dos casos, uma evolução crónica que se caracteriza por períodos em que os sinais e sintomas são mais intensos alternados com outros em que as manifestações são mais ténues. A medida que a artrite vai evoluindo, as lesões vão-se tornando persistentes, o que propicia, por vezes, a deformação das articulações envolvidas. Por exemplo, é bastante comum que os quatro últimos dedos das mãos se virem em direcção oposta ao polegar (em direcção ao cúbito) e que as articulações interfalângicas proximais fiquem permanentemente flectidas, enquanto que as interfalângicas distais se mantêm persistentemente estendidas, o que origina os dedos em ziguezague. Os pulsos têm tendência para ficarem flectidos, tal como os cotovelos, enquanto que as alterações nas articulações dos ombros impedem a correcta separação dos braços do tronco. Os pés também costumam ser afectados por deformações e desvios típicos dos dedos, nomeadamente através de uma evidente submersão do arco plantar, enquanto que os joelhos têm a tendência para ficarem flectidos, à semelhança do que acontece com as ancas nas fases avançadas da doença.
Embora todas as deformações descritas provoquem um certo grau de incapacidade no funcionamento das articulações, nos casos mais graves, esta incapacidade pode evoluir para invalidez. Apesar de não ser possível determinar as possíveis consequências da evolução da doença, de caso para caso, normalmente calcula-se que ao fim de dez anos de evolução a doença provoca invalidez em cerca de 10% dos casos e consideráveis limitações em cerca de 25%, enquanto que o resto dos indivíduos afectados permanecem com uma capacidade de funcionamento das articulações normal ou com um grau de incapacidade tão reduzido que não é impeditivo da realização das suas actividades habituais.

Tratamento

Como a origem da artrite reumatóide ainda não é exactamente conhecida, não existe nenhum tratamento capaz de curar a doença. Todavia, existem vários recursos para aliviar os sinais e sintomas e, sobretudo, para tentar travar a evolução da doença, de modo a prevenir as deformações nas articulações e a eventual invalidez, nos casos mais graves.
Entre as medidas terapêuticas mais importantes, destaca-se o repouso, com algumas combinações. Nos períodos de maior intensidade dos sinais e sintomas e especialmente quando existe um grande mal-estar, costuma ser necessário manter um certo repouso, mas quando se produz uma melhoria é preferível que o paciente se levante e tente manter as suas actividades habituais consoante o seu estado o permita. De qualquer forma, na maioria dos casos, é recomendável um bom repouso nocturno, no mínimo oito horas e de preferência dez, e também alguns períodos de descanso ao longo do dia. Por outro lado, convém exercitar as articulações afectadas, para que estas não percam a sua funcionalidade e para prevenir uma eventual rigidez e deformação, sendo por isso que o médico deve determinar, para cada caso específico, um programa de exercícios complementado, sempre que for oportuno, com as medidas de fisioterapia mais adequadas às necessidades de cada paciente.
Para além disso, na maioria dos casos, costuma-se recorrer à administração de vários tipos de anti-inflamatórios, para aliviar os sinais e sintomas, e à utilização de sais de ouro administrados através de injecções e de medicamentos como a d-penicilamina, antipalúdicos e imunossupressores, com vista a travar a evolução da doença, ou até tentar diminuir a intensidade dos sinais e sintomas. Dado que todos estes medicamentos têm inúmeros efeitos adversos e como a sua eficácia, em cada caso específico, não pode ser determinada à partida, deve-se experimentar a sua utilização para comprovar os seus efeitos e para alterar, sempre que for necessário, o tratamento. Isto porque, dada a sua complexidade, é importante que haja uma estreita comunicação entre o médico e o paciente, bem como a ida a consultas regulares que permitam determinar a resposta do organismo aos medicamentos em causa, a evolução da doença e também a detecção de eventuais complicações que exijam outras medidas.
Por fim, nas fases avançadas da doença, sempre que se produzam de formações articulares significativas que provoquem invalidez, pode-se recorrer a tratamentos ortopédicos e à cirurgia. Por vezes, são intervenções correctivas que permitem o alívio das dores ou atenuar uma insuficiência no funcionamento de alguma articulação afectada; noutros casos, as intervenções cirúrgicas visam solucionar alguma insuficiência no funcionamento de uma articulação, como acontece, por exemplo, com a substituição da articulação da anca por uma prótese.